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Sofrência é arte! Exposição em Campo Grande une pinturas Naïf e muito música do ‘feminejo’

Mostra "Sofrência" no Centro Cultural José Octávio Guizzo explora a profundidade emocional do amor e da dor através da arte popular e das músicas cantadas ...


Sofrência é arte! Exposição em Campo Grande une pinturas Naïf e muito música do ‘feminejo’
Sofrência é arte! Exposição em Campo Grande une pinturas Naïf e muito música do ‘feminejo’ (Foto: Reprodução)

Mostra "Sofrência" no Centro Cultural José Octávio Guizzo explora a profundidade emocional do amor e da dor através da arte popular e das músicas cantadas por mulheres do sertanejo. Exposição Sofrência Divulgação A exposição "Sofrência" foi aberta ao público de Campo Grande nesta quinta-feira (5) no Centro Cultural José Octávio Guizzo. A mostra representa o encontro entre o visual e a música popular brasileira, unindo pinturas de artistas autodidatas do Museu Internacional de Arte Naïf a trechos de músicas que celebram e lamentam o amor. Parte do projeto “Arte nas Estações” e com apoio da Copa Energia, empresa do grupo Zahran que atua no mercado de distribuição e comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP), a exposição apresenta nas paredes, além das pinturas Naïf, versos de músicas que tornaram a sofrência um fenômeno na música brasileira, especialmente no sertanejo. As obras expostas retratam cenas de convívio social, festas, flertes e trocas de olhares, levando os visitantes a questionar as intenções e os desejos por trás das figuras representadas. O curador da exposição, Ulisses Carrilho, explica que “em Sofrência, a veia poética feminina tem como ponto de partida a canção ‘Troca de calçada’, na qual a cantora e compositora Marília Mendonça dá voz ao eu lírico de uma trabalhadora do sexo”. O sertanejo, o estilo musical mais ouvido no Brasil, encontrou na sofrência uma forma de elaborar a falta e o desejo, temas centrais na exposição. Com a ascensão do "feminejo" na década de 2010, a presença de mulheres como compositoras e intérpretes transformou o cenário musical. Marília Mendonça, conhecida como a "Rainha da Sofrência", é uma figura central na exposição, mas outros artistas também são mencionados. Obra de Elza O. S. Divulgação “Sofrência” é a primeira de três mostras que ocuparão os 200 m² do espaço expositivo do Centro Cultural José Octávio Guizzo. Ao todo, as três exposições trarão 262 obras de 25 artistas, exibindo parte do acervo do Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil (Mian), sob curadoria de Carrilho. O Mian, instalado no Rio de Janeiro entre 1995 e 2016, abrigava um acervo de 6 mil pinturas de 120 países, sendo considerado o maior do gênero no mundo. Após o sucesso da primeira edição do projeto no interior de Minas Gerais, que atraiu quase 30 mil visitantes no ano passado, a nova itinerância começa em Campo Grande com a mostra “Sofrência”, que ficará em cartaz até 20 de outubro. As próximas exposições, “A ferro e fogo” e “Entre o céu e a terra”, serão exibidas de 31 de outubro a 8 de dezembro e de 19 de dezembro a 20 de fevereiro de 2025, respectivamente. O termo “naïf”, que em francês significa “ingênuo” ou “sem malícia”, é utilizado para descrever a arte produzida por autodidatas, sem formação acadêmica. O “Arte nas Estações” é uma realização do Ministério da Cultura, com patrocínio da Energisa, apoio da Copa Energia e de diversas instituições e empresas. Serviço: A exposição "Sofrência", com curadoria de Ulisses Carrilho, faz parte do projeto "Arte nas Estações" e estará aberta de 05 de setembro a 20 de outubro no Centro Cultural José Octávio Guizzo (Rua 26 de agosto, 453 – Centro, Campo Grande – MS, CEP: 79002-913). Visitação: terça a sábado, das 9h às 18h (quinta até 20h). Entrada gratuita e classificação livre. Informações: (67) 3317-1795 | centrocultural.jog@gmail.com. A mostra permanece até 20 de fevereiro de 2025 com outras exposições. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: