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Areia preta terapêutica, navios naufragados e bolinho de aipim gigante: conheça 10 curiosidades de Guarapari

Cidade na Região Metropolitana de Vitória possui nome indígena é conhecida por ser um ponto turístico repleto de praias. O g1 separou dez curiosidades que ...

Areia preta terapêutica, navios naufragados e bolinho de aipim gigante: conheça 10 curiosidades de Guarapari
Areia preta terapêutica, navios naufragados e bolinho de aipim gigante: conheça 10 curiosidades de Guarapari (Foto: Reprodução)

Cidade na Região Metropolitana de Vitória possui nome indígena é conhecida por ser um ponto turístico repleto de praias. O g1 separou dez curiosidades que envolvem o município que é um dos destinos preferidos no verão. Praia do Morro em Guarapari, Espírito Santo Secundo Rezende/Drone A cidade de Guarapari, na Região Metropolitana de Vitória, é um dos destinos mais procurados para quem quer aproveitar o verão devidos as famosas praia que possui. O município, cujo nome tem origem indígena, atrai mais de 1,5 milhão de turistas na alta temporada, tem diversas curiosidades e, inclusive, já virou meme na internet por causa da algumas delas. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Que tem praia todo mundo sabe, mas sabia que são mais de 50 praias? E que a areia de uma delas tem potencial terapêutico? Além disso, o mar de Guarapari também abriga navios naufragados repletos de biodiversidade marinha e uma culinária famosa para ninguém colocar defeito. Confira dez curiosidades da cidade: 1- Nome de origem indígena Guará Edgar Fernandez/Instituto Guaju Segundo o historiador Fernando Achiamé, o nome Guarapari é a junção de duas palavras indígenas. "Guara", vem de uma ave de plumagem avermelhada chamada Guará (veja acima), que tem essa cor por causa da alimentação feita a base de caranguejos e camarões. Mas, segundo o biólogo Saulo Ramos, atualmente, o animal não é mais encontrado na cidade. "Os guarás já não são vistos há muitos anos pela região e os principais motivos para o desaparecimento são a captura ilegal e perda de hábitat. É uma ave sensível que sofreu muito com a ação humana e acabou sumindo", pontuou o biólogo. Já a palavra "pari" faz alusão a uma espécie de armadilha que indígenas utilizavam para conseguir pegar os guarás. 2- Número praias Guarapari, no Espírito Santo, tem mais de 50 praias e possui vários destinos secretos Reprodução/TV Gazeta Um dos motivos que fazem Guarapari ser destino certo no verão são suas belezas naturais. A cidade possui 57 praias, segundo a prefeitura. A grande variedade faz com que o turista possa escolher entre águas cristalinas, areias douradas (ou pretas). Algumas são de fácil acesso e por isso, mais conhecidas, como a Praia do Morro que possui quatro quilômetros de extensão e uma das maiores da cidade. Já a Praia das Castanheiras, que fica no Centro, tem esse nome por causa das castanheiras plantadas ao longo da orla e também a Praia de Peracanga. Outras acabam sendo um paraíso reservado e precisam de trilhas ou ficam mais afastadas. É o caso da Praia dos Padres e também da Praia do Ermitão, que fica no Parque Municipal do Morro da Pescaria. 3- Areia preta O mistério da famosa areia preta do ES que atraiu até Garrincha em 63 Reprodução/TV Globo A areia preta dá nome a uma praia da cidade e faz sucesso internacional. Isso acontece porque a areia da praia que tem a coloração preta, é do tipo monazítica, ou seja, possui elementos químicos raros, como o tório, que brilha e emite radiação gama. Mas ela não possui um item que faz mal para a saúde humana: o urânio. Essa composição faz com que a areia seja única e tenha um potencial terapêutico reconhecido por estudo científicos. O mistério da areia preta começou a ser desvendado em 2008, durante as férias do físico nuclear, Marcos Tadeu Orlando. "A areia traz um conjunto de elementos químicos, normalmente encontrados na natureza misturados a minérios, de difícil extração – daí o nome -, mas com características peculiares, como magnetismo intenso e absorção e emissão de luz", explicou. O mistério da famosa areia preta do Espirito Santo Reprodução/TV Globo Com o sucesso da areia, pessoas famosas foram visitar a praia, como Elza Soares e o Garrincha. O professor participou do estudo que comprovou a propriedade terapêutica de areias de Guarapari, o spray d'água que vem das ondas, a temperatura local e magnetismo da areia, juntos, e principalmente com o gás que ela gera, o radônio, proporcionam uma radiação que previne doenças. Em 2017, após 10 anos de estudos, pesquisadores comprovaram as propriedades terapêuticas da Praia da Areia Preta e de Meaípe, ambas em Guarapari. Na ocasião, o estudo apresentado apontou a relação entre a menor incidência de câncer de mama em mulheres no município e as propriedades das areias monazíticas. Na ocasião, o estudo apresentado apontou a relação entre a menor incidência de câncer de mama em mulheres no município e as propriedades das areias monazíticas. Segundo o professor, a areia compõe o quadro terapêutico, com aumento da imunidade do corpo. "Você tem o gás que ela emite, então tem que ser uma quantidade grande. Mais o calor, todos esses fatores juntos, é que favorecem a saúde. Mas não é uma areia milagrosa", frisou. Ainda de acordo com o professor, outros estudos estão em andamento para comprovar o potencial terapêutico da areia monazítica. 4- Navios naufragados Navios naufragados viram point de mergulho em Guarapari A cidade também esconde um tesouro submerso que convida mergulhadores do Brasil e do mundo por possuir quatro navios naufragados na costa. Com isso, os navios, abrigam animais e plantas marinhas e preservam a história de mercantes e cargueiros. Mas em nenhuma das quatro embarcações é possível ter acesso para mergulho de batismo, com curso básico ou iniciante, que vão até 18 metros de profundidade. A prática é apenas para pessoas com nível avançado. Os meses de outubro até maio são considerados os melhores para os mergulhadores explorarem os navios por causa da visibilidade. Navios naufragados viram point de mergulho em Guarapari. Espírito Santo Acqua Sub A combinação de temperaturas das águas e a existência de corais, fazem com que os locais onde os navios estão naufragados proporcionem um ecossistema diversificado e rico. Entre os navios naufragados está o Victory 8B, um cargueiro afundado de forma planejada para criar um recife artificial. Com mais de 89 metros de comprimento, o navio atrai mergulhadores experientes, que exploram seus porões e corredores, repletos de vida marinha. Outra estrutura que se destaca é a do Bellucia, navio a vapor que encalhou no início do século XX e se tornou um dos pontos de mergulho mais populares da região. 5- Capital nacional da biodiversidade Navios naufragados viram point de mergulho em Guarapari. Espírito Santo Acqua Sub Com uma riqueza marinha tão grande, a cidade alcançou no final de 2024 um título importante: o de Capital Nacional de Biodiversidade Marinha. No dia 17 de outubro, a Presidência da República sancionou o Projeto de Lei (PL 4.258/2021). Além de dar visibilidade para a biodiversidade de Guarapari, o PL argumenta que o reconhecimento legal é essencial para promover a conservação e uso sustentável dos recursos naturais, além de incentivar pesquisas científicas e melhorar a proteção das espécies ameaçadas na região. Pesquisadores destacam que, com essa conquista, a cidade cria um ambiente favorável para o ecoturismo. 6- 'Boom' de turistas Praia do Morro, em Guarapari, neste sábado (2) Reprodução/ TV Gazeta Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizado em 2022, Guarapari possui 124.656 habitantes. Na alta temporada, considerando o período do verão do final de dezembro até o carnaval, a população da cidade fica dez vezes maior, atraindo mais de 1,5 milhão de turistas, segundo a prefeitura. A cidade se transformou um dos destinos turísticos mais procurados não só do Espírito Santo, mas também do Brasil. E quando o assunto é praia, os mineiros ocupam o primeiro lugar, visitando com frequência o município. E com tanta gente na cidade, algumas situações inusitadas acontecem. Em 2014, 47 mineiros ficaram hospedados na mesma casa, um retrato da superlotação na cidade durante o período de veraneio. Em outros anos, os ônibus de turismo precisavam de autorização para entrar na cidade, mas atualmente essa medida não é mais utilizada e a entrada é permitida. 7- Marlim Azul Estátua de marlim-azul na Praia do Morro, Guarapari, Espírito Santo Reprodução/Redes sociais Guarapari possui uma estátua de um marlim-azul em uma das praias mais conhecidas do município: a Praia do Morro. Muitos turistas aproveitam para tirar fotos no local. Mas por que o peixe foi escolhido para ter uma estátua para chamar de sua? O marlim-azul é considerado o peixe símbolo do Espírito Santo. Foi até oficializado em lei em 2015 e 28 de fevereiro é o dia estadual do animal. O estado escolheu esse peixe por ser conhecido pela pesca esportiva do peixe. Além disso, o estado possui o recorde de maior marlim-azul pescado no mundo, quando em 1992 um peixe de 636 quilos e 4,62 metros foi fisgado. Desde então, a pescaria faz parte do livro dos recordes. Atualmente, a pesca comercial do Marlim-azul e do Marlim-branco é proibida por que as espécies estão em extinção. 8- Região de montanha Cachoeira no distrito de Buenos Aires, Guarapari, Espírito Santo Renan Alves Não é só de praias que vive Guarapari. O distrito de Buenos Aires vem despontando como atração turística principalmente na Rota da Ferradura. Ele fica a 14 quilômetros do litoral, e o nome do distrito vem justamente da tradução literal: os "bons ares" da região por causa do clima de montanha. A rota abrange 18 quilômetros de trajeto com mais de 20 estabelecimentos voltados para o turismo. Entre eles diversos restaurantes de comida argentina, italiana, cervejarias e algumas pousadas e sítios pronto para locação. O circuito possui duas cachoeiras, a de Buenos Aires e a Cachoeira do Pernambuco e também um mirante. 9- Estátua tigrão Tigrão de Guarapari é símbolo da cidade Vitor Jubini Considerado um dos pontos de referência na cidade, a estátua do Tigrão é conhecida por turistas e moradores. Ela foi instalada em 1972 em um posto de gasolina na descida da ponte na Rodovia Jones dos Santos Neves, no Centro do município. Tigrão de Guarapari, Espírito Santo, de máscara durante a pandemia de Covid-19 Rodrigo Barbosa A estátua de cinco metros de altura e fibra de vidro surgiu a partir de uma ação publicitária da petroleira Esso, em Vila Velha. A ideia deu tão certo que o que era para ser uma ação temporária acabou ficando de vez no local. Com o passar dos anos, o Tigrão também foi mudando de visual e chegou até a usar máscara durante o período da pandemia. 10- Bolinho de aipim Bolinho de aipim de Meaípe, Guarapari, Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Curtir a praia e comer um bolinho de aipim é tradição em Meaípe, uma das orlas da cidade. Há quase 40 anos uma receita atrai moradores e turistas para comer a delícia. O bolinho de aipim de Meaípe é conhecido pelo seu tamanho avantajado, como um salgado gigante. Ele começou a fazer sucesso no final dos anos 80 a partir da receita da Dona Zezé, uma comerciante do bairro que passou a tradição de geração em geração da sua família. Segundo o filho de Dona Zezé, Geraldo José, o tamanho que ganhou no gosto do público foi um acidente porque a mãe tinha dificuldades em fechar o bolinho. Os sabores mais pedidos são os de camarão e carne seca. Vezes em que Guarapari deu o que falar Além das praias e das curiosidades, Guarapari já virou assunto com vários casos de repercussão nacional como um empresário que se apresenta como "sheik brasileiro" que jogou dinheiro da janela e o jovem que teve a barriga cortada em uma praia da cidade. Em outubro de 2023, um empresário causou confusão na Praia das Castanheiras após criar uma brincadeira para presentear um morador com um carro. Quebra-quebra em Guarapari: confusão por causa de brincadeira que tinha carro como prêmio Flávio Ramos fez uma espécie de gincana em que para ganhar o carro as pessoas deveriam seguir algumas regras como ficar com a mão no veículo. A ideia gerou uma multidão que precisou da intervenção da Polícia Militar. Uma pessoa chegou a subir no capô do veículo e pular até se desequilibrar e cair. O carro foi depredado e ficou completamente destruído. Antes disso, Flávio jogou R$ 10 mil de uma cobertura da qual é dono em Guarapari. De acordo com a Polícia Militar, a conduta de Flávio não configura crime, visto que não há proibição da prática prevista na Legislação Brasileira. Na época, a prefeitura da cidade disse que não recebeu nenhuma solicitação para o evento proposto pelo empresário. Barriga cortada Jovem acordou na madrugada do dia 16 de janeiro com um corte profundo na barriga e partes do intestino espalhadas pela areia Reprodução/TV Gazeta Já em janeiro de 2022, o caso do jovem de 21 anos que teve a barriga cortada na Praia do Ermitão, ganhou as redes sociais com boatos e suposições. Mesmo após toda a repercussão do caso e uma cirurgia, em 2023 o advogado da família Lécio Machado afirmou que Gabriel Muniz e sua namorada Lívia Lima Simões Paiva Pedra, de 20 anos, ainda estavam juntos. Segundo Boletim de Ocorrência (BO) da Polícia Militar, Gabriel Muniz acordou com um corte profundo na barriga, em que era possível ver parte do intestino da vítima. Equipes da polícia também encontraram na areia partes de um órgão que seria do rapaz. Ele estava na praia com a namorada e na época, o advogado do casal informou que os dois faziam um luau e foram atacados por terceiros. Em depoimento à Polícia Civil, a jovem contou que os dois usaram drogas e álcool no local. Segundo ela, eles "apagaram" depois de usar os entorpecentes. Mochila, cacos de vidro e pedaços de órgão foram achados Reprodução/TV Gazeta Um laudo médico apontou que o rapaz tinha lesões no rosto (boca, orelha e sobrancelha) e fratura no nariz, além do ferimento na barriga. O prontuário médico do jovem mostra vestígios de dosagem alta de fentanil no sangue dele. A substância é 50 vezes mais potente que a heroína e 30 vezes mais forte que a morfina. Em função do corte, o jovem precisou passar por um procedimento chamado "laparotomia exploradora para anastomose de jejuno proximal", cujo objetivo foi emendar parte do intestino responsável pela absorção de substâncias e nutrientes. A namorada foi indiciada, denunciada e virou ré. O inquérito do caso já foi concluído e, para a polícia, Gabriel e a namorada estavam sozinhos na praia quando tudo aconteceu. VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo